As neurociencias tem dito que nao existe um lugar específico para a armazenagem de dados. Diz que quando precisam ser resgatadas as informações são "reimaginadas" através das sinapses. De qualquer forma, para nós educadores interessa muito conhecer melhor este assunto na busca de descobrirmos o que podemos fazer para ajudar nossos aprendizes a fixarem ou conseguirem resgatar mais garantidamente o que aprendem.
Nosso blog desta semana pretende iniciar reflexões e estudos nesta direção. Para começar solicitamos uma atenta leitura do texto do hiperlink citado abaixo e respostas às seguintes perguntas:
1. O que você sabe sobre fixação de aprendizagem?
2. Em sua experiência de ensino que tipo de atividade didática tem observado ser mais eficaz no sentido da fixação de aprendizagem dos seus alunos?
Link: http://www.duplipensar.net/artigos/2007s2/processo-emocional-no-desenvolvimento-da-aprendizagem.html
Bom trabalho!
Cidinho Marques
A fixação do aprendizado ocorre quando novas conexões (sinapses nervosas) são construídas, por isso muitos alunos tem uma maior facilidade de aprendizado quando assimilam o conteúdo com algo já visto ou vivenciado. O esquecimento nada mais é do que o "desligamento" dessas conexões, mas não o desaparecimento. Elas se "religam" quando informações às quais estão ligadas são mexidas (por falta de uma palavra melhor).
ResponderExcluirExatamente por isso o método mais eficaz para o aprendizado é o concreto-abstrato-concreto, onde os alunos ligam o que está sendo ensinado à algo real, à vida deles. O que também ajuda no aprendizado é a prática, sem isso as "conexões" formadas entram em desuso e são esquecidas. Quanto mais conexões ligadas à determinado assunto, mais difícil é de esquecer o assunto.
Scaffolding...construir um novo conhecimento a partir de um conhecimento previo.
ResponderExcluirUtilizar-se daquilo que o aluno ja possui e expandir o aprendizado. Isso ajuda a fixacao.
Acredito que a forma mais eficaz de os alunos fixarem o conteudo e' quando tem a oportunidade de vivenciar algo. Assim, a utilizacao de atividades que reproduzam vivencias do dia-a-dia dos alunos , e que contenham um teor de desafio, me parecem ser as mais relevantes no precosso de aprendizagem.
A fixação da aprendizagem depende de uma relação afetiva com o conhecimento. É necessário gostar do que se aprende. Para além disso, para assimilar conhecimentos novos é necessário estar num ambiente onde nos sentimos bem, onde nos sentimos acolhidos e livres para nos expressarmos, sem medo de sermos julgados ou ansiedade para nos manifestarmos. A utilização de música, filmes ou jogos teatrais são alguns dos recursos que utilizo para induzir relaxamento e expressividade nas primeiras aulas com um grupo. A partir daí, de acordo com os conteúdos temáticos é possível trabalhar com os próprios alunos a sua participação ativa, criando propostas de discussão, exercícios onde reportam leituras realizadas ou mesmo diálogos casuais e apresentações em grupo. Tudo depende dos nossos interlocutores. A principal característica do professor é estar atento ao grupo e propor estímulos cognitivos. O céu é o limite!
ResponderExcluirEstou adorando os comentários até aqui. Keep up the good work, golden team!
ResponderExcluirEncontrar a estrutura de aprendizado de um aluno e/ou turma é um processo idiossincrático que requer um esforço emocional e cognitivo árduo que servirá como alicerce diretivo para o trabalho do professor. Devemos então iniciar analisando se estes alunos são sinestésicos, visuais ou auditivos; qual o interesse cultural, emocional e pedagógico que eles possuem; para assim refinar nossa resiliência e altruísmo no desenvolvimento de nossas aulas, evitando que fiquemos subjugados ao nosso próprio estilo de aprendizado e que eles não se sintam desmotivados por não encontrarem uma relação entre o conhecimento exposto e a necessidade de aprendizado.
ResponderExcluirPara erradicar sem delongas estas lacunas entre o porquê aprender ou não, a utilização de atividades instintivas e intuitivas que trabalhem os reflexos cerebrais no início de um semestre ou período letivo é vital para identificar essas idiossincrasias; e a busca por materiais e atividades que preencham as necessidades emocionais, cognitivas e pedagógicas de cada um para montar a ponte entre o já construído e o armazenamento do novo conhecimento é um trabalho constante a ser conduzido pelo educador.
Se assim tivermos a capacidade de compreender as peculiaridades das pessoas que trabalhamos e conseguirmos planejar uma evolução emocional e pedagógica adequada para cada um, com certeza disseminaremos conhecimento e influenciaremos na evolução da educação.
Parece claro que a fixação no processo de aprendizagem se dá quando há relevância do conteúdo para o aprendiz. O conceito de scaffolding e partir-se do concreto para o abstrato no processo de aquisição são coisas fundamentais, mas é essencial também que se estabeleça um ambiente favorável à aprendizagem. O conceito de "relaxed atmosphere" deve ser buscado para criar esse ambiente psicologicamente propício. O uso de atividades lúdico-pedagógicas me parece muito útil na busca tanto deste ambiente favorável como da consequente fixação dos conteúdos. Carlos Henrique Furtado
ResponderExcluirEu sempre tive dificuldades para apreender e memorizar conteúdos extensos, datas, nomes de pessoas, por isso, quando digo que se eu consegui aprender Inglês, qualquer um conseguirá, é uma verdade! Inglês só veio entrar na minha mente quando passou a fazer sentindo nas músicas e poesias que eu tanto apreciava e especialmente quando eu passei a me dedicar no mínimo 2 horas por dia com livros da área. Lógico que a oportunidade de morar no exterior foi muito importante para aprimorar a fluência, contudo, aprendi a aprender bem antes, tamanha a vontade que tinha de falar como meus professores falavam. Portanto, acho que o aluno tem que primeiro sentir a necessidade, sentir o prazer de beber da água dessa fonte, para então, a partir daí, aprender a "connect the dots", a enxergar o que realmente faz sentido e funciona pra ele dentro do que ele busca.
ResponderExcluirDaniele Teixeira.
Um trecho do artigo que está no link me chamou a atenção para uma coisa bem simples, mas que é importantíssima para o processo de aprendizagem: "para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada vez mais o potencial do educando, é necessário que ele perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida". Assim, vejo que a fixação da aprendizagem muito tem a ver com a contextualização do conteúdo, e isso, por sua vez, muito tem a ver com a motivação do aprendiz. Desse modo, a fixação da aprendizagem será muito mais eficaz se o conteúdo estudado for significativo para o aluno e sua realidade, e os objetivos reais de tal conteúdo estiverem claros para o aprendiz, e como consequência, quando o aluno vê a contextualização, quando ele consegue perceber um uso claro e significativo para o conteúdo em si, ele sente-se motivado, quer otimizar o conhecimento, e por isso, se torna personagem principal do processo de fixação da aprendizagem,
ResponderExcluirAssim, como professores, devemos ter em mente nosso papel nesse processo: de trazer um uso claro para o conteúdo a ser focado, de contextualizar o abstrato para a realidade do aluno, e principalmente, manter a motivação dos alunos, sem esquecer dos outros fatores envolvidos no processo de aprendizagem e que foram mencionados no já citado artigo: fator emocional, os conhecimentos prévios do aprendiz, uma atmosfera confortável e outros. De maneira prática, como professores devemos usar recursos, jogos, filmes, atividades lúdicas que aliados a um conteúdo significativo, nos habilitarão a ajudar nosso aluno a aprender e o principal, a fixar o aprendizado.
Laila Palhano
Gostei muito dos comentários de todos, em especial o de Carlinhos. Trabalhando com ele por três anos pude aprender muito bem essa questão de deixar os alunos à vontade em sala de aula. O texto fala bastante dessa questão emocional e acho que devemos levar isso em conta.
ResponderExcluirJá a minha contribuição é em relação a motivação. Acho que alunos motivados e com auto-estima elevada tendem a aprender e fixar mais informações. É comum ouvirmos frases do tipo: "não posso", "não tem como", "é muito difícil" e coisas afins. Essa lacuna na auto-confiança do educando pode impossibilitá-lo de alçar vôos mais altos, por internalizar suposta incapacidade.
Em sala, tento elogiar meus alunos por seu esforço e escrever comentários individuais, sempre que possível, pq nem sempre é viável, em suas atividades. Utilizo muito a hotline para manter uma comunicação direta e pessoal, estreitar os laços afetivos e motivar os alunos.
É difícil e dá trabalho, mas é gratificante quado vc percebe a diferença que tem feito na vida dos alunos.
A fixação da aprendizagem é um fator que está intimamente relacionado ao emocional do indivíduo, pois a assimilação do conhecimento é feita de acordo com aquilo que é relevante para nossa vivência prática. Por isso, posso perceber durante as aulas que as atividades nas quais os alunos realmente assimilam o conteúdo proposto são aquelas em que eles têm a oportunidade de praticar a língua partindo de suas próprias situações cotidianas ou quando discutem sobre assuntos de interesse comum, como esportes, filmes, livros, séries, etc.
ResponderExcluirThalita
Confesso que quando li o nome fixação, senti um leve arrepio, lembrando dos meus antigos exercícios de fixação, especialmente de matemática, disciplina a qual não gosto, não sei por quê??? Mas após fazer uma releitura da palavra em si, percebi que a fixação passa a ser outra forma de dizer aquisição de conhecimentos. A partir daí revisito todos os passo de uma aula Yázigi e não consigo eleger de primeira, um aspecto único e fundamental para tal fixação. Acredito que para que a acquisition ocorra, devemos levar em consideração desde a preparação da aula ( o quê vou fazer – como farei?- para quem será esta aula? – porquê dessa aula...) depois o warm up, a contextualização, a apresentação, a pratica significativa e por ultimo, talvez o mais importante, a accountability. Se eu fosse escolher o momento mais importante da aula, seria este. Acredito que com o wrap up, as vezes dá para perceber o momento em que “TICO encontrou TECO” (uma sinapse) que levou a fixação, a aquisição, ou a uma consolidação. Bom, depois do pré-aula, durante-aula, vem o pós-aula. Quando conseguimos fazer um link significativo entre o quê foi visto em aula e o homework, possibilitamos mais uma vez que a fixação ocorra. Aliás, já está provado cientificamente que o estudo, o pensamento analítico, o exercitar do raciocínio de uma forma individualizada, podem garantir um nº maior de sinapses em um indivíduo e conseqüentemente a fixação.
ResponderExcluirPatrícia
Danielly Chagas
ResponderExcluirAcredito que para que haja a fixação, a aula deva ser meaningful para o aluno, de forma que ative a associação do significante diretamente ao significado, permitindo assim a tão já aqui citada sinapse. O interesse do aluno pela aula é de extrema importancia para a fixação do conteudo. As atividades de maior relevancia no trabalho de fixação em minha opinião seriam aquelas que trabalhamos o scaffolding como também já citado anteriormente, trabalhar do concreto para o abstrato rende frutos muito bons!
O tema dessa semana foi um dos que mais nos motivaram a escrever. O debate está riquíssimo e espero que possamos guardar esse comentários.
ResponderExcluirNo texto lido pudemos confirmar algo que já sabemos na prática. Nós aprendemos o que faz sentido para nós, quer seja porque gostamos do assunto ou conteúdo ou porque conseguimos fazer um paralelo com nossa vida.
O papel do professor é motivar seus alunos e criar um ambiente sem stress no qual o aluno possa fazer associações e perceber a importância do que está aprendendo. Quando isso acontece, mesmo que no início o aluno pense que não gosta da matéria, a medida em que ele vê algum progresso e encontra sentido naquilo que está estudando, muitas vezes ele passa a gostar. Na verdade, não é apenas gostar da matéria, mas gostar do fato de estar aprendendo. Isso é um ciclo e esse aprendizado é duradouro.
Gostaria de continuar esse debate para falar também sobre o video dos bebês. Podemos fazer isso em alguma reunião?
Após ler todos os comentários aqui postados, alternativa não há senão a de concordar e parabenizar a todos pela significativa contribuição para a questão da fixação de aprendizagem. Concordo com todos no sentido de que tudo que é feito pelo professor com o objetivo de deixar a aula mais significativa, mais atrativa e contextualizada, estimula, com certeza, a permanência do aprendizado na vida do aluno. Porém, entendo que há mais a ser feito. O conhecimento está ligado ao dinamismo e à constante reciclagem do que já foi aprendido. A exemplo prático disso, é o simples fato de o professor, embora esteja na última unidade do livro, resgatar sempre aquilo já visto nas unidades anteriores com uma abordagem diferente, utilizando outros recursos. Outrossim, considero de suma importância a questão do "exercitar o raciocínio". Nas nossas aulas Yázigi sempre procuramos estimular o aluno a construir seu próprio conhecimento. Se ele constrói o seu conhecimento é porque desenvolveu todos os passos até chegar lá, o que os leva a resultados muito mais significativos de aprendizagem. É como uma fórmula de matemática. Quem consegue deduzir a fórmula, entende todo o processo e nunca irá precisar decorá-la e também não se dará o trabalho de esquecê-la para decorar de novo e sucessivamente. Acho que por isso que não sei 95% do que "aprendi" de matemática na escola. Os 5% que restam é exatamente aquilo que uso na vida prática. Eis a aprendizagem significativa e duradoura.
ResponderExcluirLorena Santos
Nooossa! Ao ler os comentários dos meus colegas me lembrei porque me orgulho tanto de fazer parte desse time. Parabéns a todos!
ResponderExcluirNo que diz respeito à aquisição de conhecimento, acredito que há uma enorme influência do trabalho desenvolvido pelo professor em sala de aula, desde a sua preparação, a escolha dos temas a serem trabalhados - que devem ser de interesse, e que portanto motivem os alunos a participar das aulas -, a variedade de recursos utilizados - para que se alcancem diversas formas de aprendizado -, e o desenvolvimento de um ambiente relaxado e seguro para o aluno, dentre tantos outros fatores já citados aqui brilhantemente pelos meus colegas.
Certas vezes é preciso até que deixemos totalmente de lado alguma lição ou atividade do livro texto, porque os assuntos nele indicados nada significam para os alunos, o que dificulta a fixação. Nesse momento, entra em campo a criatividade do professor, o conhecimento que ele tem da realidade dos seus alunos e das suas necessidades, para que um bom resultado seja alcançado.
Quanto às práticas, concordo totalmente com a professora Patrícia no que disse sobre o wrap up e o homework e sua importância para que o aluno tome consciência do aprendizado que está sendo construído.
Outra coisa que podemos e devemos sempre fazer - o que diz respeito ao homework e aos momentos de aprendizagem individual - é incentivar os alunos a refletir sobre sua aprendizagem, sobre os melhores métodos e técnicas que combinem com o seu perfil de aprendizado, para que possam se desenvolver de forma mais rápida e assertiva, e assim torná-los mais independentes e responsáveis pelo seu próprio progresso.
Interessantissimo o texto e tenho uma leve impressao de que o tema por ele abordado e o desenvolvimento que tomou já era de conhecimento meu, não com teor tão aprofundado ou técnico, se eu posso assim dizer. Refiro-me ao fato de que com minhas turmas, e principalmente o Kids 3, tenho percebido que apesar de alguns fatores semelhantes entre eles como faixa etaria, meio social, cultura, etc, mas eles possuem fatores diversificados entre si, como gosto, sinapses diferentes decorrentes de personalidades diferentes, o que faz com que o aprendizado não seja igual entre eles. Alguns conseguem absorver exatamente o que pretendo e espero que absorvam, outros, possuem uma certa dificuldade, e para minha surpresa, já percebo alguns que vão além do que espero. O fato é que, além de suas sinapses diferentes ocorridos por diferentes personalidades, ainda dou de frente com diferentes fixações de aprendizado a partir do método que utilizo para ensinar-lhes. Percebo a facilidade e/ou dificuldade que eles possuem para escrita, oralidade, para leitura de textos e leitura de imagens, enfim, percebo que a "fixação" vai tomar rumos diferentes em pessoas diferentes.
ResponderExcluirCom isso, confesso que eu já possuía um certo conhecimento acerca deste tema, mas como expliquei anteriormente, de uma forma vivencial, e não estudada. E quanto a minha experiência com as turmas, como já discorri aqui um pouco sobre o que observo dos alunos, cada um possui um metodo mais afim com sua persanalidade,no entanto, faz-se verdade em minha experiencia a fixação de aprendizagem a partir da co-relação do conteudo trabalhado com o meio vivencial, a rotina, e a cultura dos deles.
*Lê-se "cultura deles" e não "dos deles".
ResponderExcluirObrigada.
Aprendizagem é um processo bem particular e de máxima importância para nós professores. Aqui no Yázigi aprendi tudo de novo, pois a partir dos meus alunos e das minha aulas fui concebendo e acreditando em diferentes estratégias e abordagens para que esse processo de "fixação" ocorresse, e ocorra sempre.
ResponderExcluirA partir do momento em que trabalhamos com accountability, wrap ups, warm ups...information gaps..tudo isso se torna mais fácil, o concreto facilita a aprendizagem, o aluno responsável pela própria aprendizagem nos coloca em uma posição ainda mais previlegiada, pois nos permite observar e contabilizar a aprendizagem de forma bem individual.